No próximo Sábado, dia 17, Miguel Guilherme lê «Aracnofobia ou o tamanho das coisas», de António Barreiros (Santo António dos Cavaleiros):
«Se houvesse uma escala de medição de “Pavor a Insectos”, as aranhas ocupariam certamente, no meu caso, o lugar cimeiro. A minha fobia aos bichos atinge o grau máximo, chegando mesmo ao pânico, quase terror, quando se trata desses execráveis rastejantes.»
Por volta das 22h35 no CANAL Q (posição 15, MEO).
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Boas histórias!
No próximo Sábado, dia 10, Miguel Guilherme lê «José Júlio», de José Trigueiros (Barcelos):
«Morreu de cancro. O que é o mesmo que morrer de morte. O meu avô chamava-se José Júlio, como eu, e um dia pediu-me que lhe pintasse um quadro. Queria participar num concurso de artes plásticas em nosso nome, e compreendi que estava no seu direito. Um neto é uma confirmação do seu avô (...).».
Por volta das 22h35 no CANAL Q (posição 15, MEO).
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Boas histórias!
No próximo Sábado, dia 3, Miguel Guilherme lê «Construção na areia», de Hugo Rosa (Angra do Heroísmo):
«(...) Na tua toalha pousaste a edição do dia do "Diário de Lisboa", um maço de tabaco e "Uma abelha na chuva", que compraste há seis anos na Bertrand. Imagino a abelha e imagino a chuva. Quando digo que compraste esse livro há seis anos, digo-o porque mo contaste e eu não me esqueci. Há seis anos eu era muito pequeno e, mesmo que te tivesse acompanhado, esse acontecimento nunca ficou na minha memória. (...)».
Por volta das 22h35 no CANAL Q (posição 15, MEO).
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Boas histórias!
No próximo Sábado, dia 26, Miguel Guilherme lê «ZX Spectrum», de Pedro Martins (Palmela):
«O Match Day era o que de melhor havia em futebol para o ZX Spectrum, apesar de não ser perfeito. (...) De certo modo, o Match Day, tal como outros jogos de Spectrum, preenchia as nossas férias. Mas, como tantas outras coisas na vida, nem sempre era justo. Um dia, no único torneio a que toda a família assistia, o Miguel estava a ganhar-me com um golo seco de cabeça, apesar de todas as minhas jogadas espectaculares e criativas. Estava o jogo a terminar quando apliquei um remate em arco, certeiro ao ângulo superior direito. Indefensável. Cruelmente, o jogo acabou um segundo antes de a bola entrar e o Miguel ganhou.»
Por volta das 22h35 no CANAL Q (posição 15, MEO).
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Boas histórias!
No próximo Sábado, dia 19, Miguel Guilherme lê «A Truta Catalã», de Alberto de Sousa Rocha (Vila Nova da Telha):
«(...) O hotel, em plena auto-estrada, era o oásis de quem viaja por aquelas bandas. O bar fornecia refeições ligeiras, adequadas a quem procura, àquelas horas tardias, um bom banho e uma cama. Cumpridas as formalidades habituais, abancámos no espaço acolhedor e quase vazio do bar, com o rosto oculto pelo menu trilingue, em catalão, castelhano e inglês."Vou querer um hamburger com ovo", decidiu o Alberto Jorge. "O que é ternera?", perguntava a Paula, que não se entende bem com o castelhano. "Olha, vê a coluna em inglês, respondi distraidamente, absorto nas minhas indecisões gastronómicas". (...)»
Por volta das 22h35 no CANAL Q (posição 15, MEO).
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Boas histórias!
No próximo Sábado, dia 12, Miguel Guilherme lê «Uma história de caça», de João Dionísio (Mem Martins):
«Foi numa manhã enevoada, fria e triste que me perdi do meu pai quando andávamos a caçar. (...) Fui-me atrasando, ensonado nos meus doze anos a pedir cama, naquele domingo de manhã. O meu pai avançava determinado, mas... cauteloso. Eu, cada vez mais para trás, até deixar de vê-lo. (...) Quando olhei para baixo de um valado, vi dois ou três pombos enormes, gordos, escondidos entre as silvas sobre o fio de água.»
Por volta das 22h35 no CANAL Q (posição 15, MEO).
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No próximo Sábado, dia 5, Miguel Guilherme lê «Mr. Apple Pie», de Delmar Silva (Cascais):
«Era um dia quente de Junho de 1990. Pelo meio-dia, um casal de turistas ingleses aproximou-se da ementa colocada à porta do meu restaurante. Depois de lê-la, um deles voltou-se para dentro e perguntou-me "Não tem tarte de maçã? Com uma ementa
tão boa e sem a sobremesa que eu mais aprecio... Não se pode considerar uma excelente ementa..."».
Por volta das 22h35 no CANAL Q (posição 15, MEO).
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No próximo Sábado, dia 29, Miguel Guilherme lê «Empresta-me a tua gripe!», de Fernando Faria (Sintra).
«Devo confessar que, para mim, a visita do vírus da “influenza” era tudo menos indesejada. E eu encontrava razões de sobra para tal. O estado gripal conferia ao titular um estatuto invejável. Como primeiro grande benefício, ao enfermo era outorgada, por pátrio decreto, a suspensão imediata de todos e quaisquer castigos, quer físicos, quer morais. Ficava-se abrangido por uma espécie de imunidade temporária.».
Por volta das 22h35 no CANAL Q.
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Boas histórias!
No próximo Sábado, dia 22, Miguel Guilherme lê «Paixão clubística», de Maria João Martins.
«Recordo-o envolto numa nuvem de fumo, as pontas dos dedos amareladas pelos cigarros "Porto" que fumava incessantemente. Era assim o meu avô materno, Fernando de seu nome, morto aos 62 anos, um mês depois do 25 de Abril, quando eu ainda não sabia que coisa estranha era essa de perder alguém que ainda ontem nos carregara às cavalitas. (...) Este meu avô tinha, quando cheguei à sua vida, duas paixões maiores: os dois netos e o Benfica.».
A partir das 21h45, no Q (posição 15 do Meo). Boas histórias!
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